segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Assim Caminha a Humanidade

Semana passada estávamos eu e a minha deprê, zapeando a Tv, quando vejo que vai começar um filme no Cine Cult com o Sidney Poitier, ator que adoro e cuja temática era o nazismo e a psiquiatria, dois temas, portanto, muito bons e que me interessam muito.
Comecei a assistir e o filme me prendeu do início ao fim.
É de 1962, em P&B, mas as atuações, além de estupendas, me revelaram esse ator que nem conhecia: Bobby Darin, como o nazista americano, psicopata, inteligente e frio. Excelente ator. Sidney Poitier,  como o psiquiatra, então, dá um show!



"Num presídio, o chefe de psiquiatria ouve as reclamações de um auxiliar seu querendo desistir do caso de um garoto negro. Ele acha que o chefe, por ser negro, poderá cuidar melhor desse paciente. O chefe então lhe conta sobre um dos seus primeiros pacientes, que conhecera no início da carreira em 1942 (mostrado em flashback). Esse paciente fora condenado a três anos por rebelião, por ser um admirador de Hitler e seguidor da ideologia nazista. Além disso tem sérios problemas psicológicos por causa de uma infância problemática, sofre de insônia, ataques e alucinações. O doutor o ajuda a melhorar de seus vários problemas e ele se torna um prisioneiro exemplar. As autoridades do presídio querem dar a condicional ao prisioneiro, mas o doutor se nega pois acha que ele é um homem "perigoso". As autoridades desconfiam de que o médico está tomando uma atitude "parcial" devido ao prisioneiro ser abertamente racista." Wikipedia



Bem, mas o que me impressionou foi a analogia do nazismo com qualquer tipo de extremismo, seja ele religioso ou político.

Retrata de forma contundente como as pessoas são levadas por um líder, geralmente muito inteligente, com desvios de caráter e uma ótima oratória, ao inimaginável. Isto acontece nas guerras e também com religiões e com pessoas cuja fé beira o fundamentalismo.

As cenas em flashback mostrando as reuniões dos nazistas americanos (sim, eu também não sabia que havia nazistas nos EUA em 1942, em plena Segunda Guerra!) e a forma como eles cooptavam as pessoas é interessantíssima. Me pareceu como fazem algumas dessas chamadas "Igrejas Evangélicas" que prometem vida eterna e dinheiro no banco se o pobre infeliz pagar o dízimo ou der tudo o que tem. E agora, pode-se pagar o dízimo com cartão de crédito ou débito bancário! Elevam a auto estima da criatura, dizendo que lá, encontrarão seus iguais, quem pensa e sofre como eles. Não estou generalizando, mas que há milhares pululando por aí, isso há...

O filme é ótimo, pois mostra que o preconceito não tem cara, cor, gênero, etnia...Ele existe e está lá, à espreita, esperando que um grande líder com um grande poder de persuasão o acorde e enfim, o liberte. O monstro adormecido, enfim, abre os olhos...E os inocentes sucumbem...

Assim caminha, até hoje, a humanidade...




3 comentários:

Glorinha L de Lion disse...

Ah ele era cantor? Bem que eu achava que já tinha ouvido esse nome....vc é uma enciclopédia ambulante garoto!
Consegui tirar a pauta branca, era assim mesmo do jeito que ensinou! E o filme é ótimo, né? hehehe Obrigada, beijão,

Denise disse...

Também amo Sidney Poitier. Um dos meus favoritos é "Na calada da noite", já viu? Beijos, Glorinha, e fique firme!!!

Glorinha L de Lion disse...

Acho que já vi sim, Denise, há muiiiiitooooo tempo...nem me lembro mais, mas pelo nome, acho que já vi....Pode deixar, tô segurando as pontas...rsrs beijos, obrigada,